Não, não existe. Nunca existiu!!! Calvino,que numa espécie de megalomania, defendeu a doutrina esquizofrência que a noiva e a doutrina são a mesma coisa. Mas não são. Defenda a sã doutrina, mas a Noiva quem defende é o Noivo. Defender o estado laico, ou não, é uma face disso. O estado laico é um estado que não pende para nada. Eu prefiro o estado sendo laico. Prefiro passar em praça pública e ver uma reunião do candomblé, a ser proibido de ter uma bíblia. Prefiro um estado livre, ainda que idólatra(se é que estado tem crença), do que um Irã, ou uma Coreia do Norte. O próprio protestantismo é fruto da liberdade laica. Então um evangélico que seja contra isso, apenas cospe no prato que comeu.
A lei terrena não precisa estar a nosso favor para pregar, apenas a divina. Mas PARA PREGAR, não para convencimentos apologéticos!!! Então quando isso começou? Começou quando o número de cristãos gregos foi aumentando. Na medida que os judeus se convertiam cada vez menos(devido às pragas rogadas no Concilio de Jamnia), gregos e romanos se convertiam cada vez mais. E, por volta do fim do século II, o quadro geral começou a mudar. Surge, entre os cristãos helenos, a prática insana de criar dogmas para se defender das heresias, como o gnosticismo. Prática perigosa, que sairia muito caro depois. Quando Paulo fala que "Deus tornou louca a sabedoria desse mundo"(1ª Co 1:20), estava falando da ciência em geral? Não! Falava da Filosofia, cujos resquícios pagãos acabariam atrapalhando o cristianismo. As agressões mútuas entre cristãos e ateus que ocorrem se devem a APOLOGÉTICA, não a pregação da Palavra de Deus! O que seria isso? Uma ideia que retiraram de um sujeito chamado Apolo, descrito no livro de Atos dos Apóstolos(At 18:18-19:1). Ele não possuía o revestimento do poder de Deus(Lc 24:49), mas apenas o batismo de João. Isso é dito no texto. O primeiro a absorver uma ideia de transformar esse comportamento em ciência foi Justino de Roma(100-165). E também após a morte de Apolo, já no final do século II, um sujeito chamado Tertuliano de Cartago escreve um texto intitulado "Apologia"(tal como Justino), no qual dá dicas de como provar para o incrédulo, por A+B, que Deus pode ser entendido pela razão. Isso nunca poderia ocorrer, jamais!!! De Deus não se prova a existência ou se entende filosoficamente, nunca!!! Deus só se pode conceber por fé(Hb 11:6). E, para piorar, um teólogo de renome do século XIII, chamado Tomás de Aquino, eleva a Apologética como 'ciência do céu'. Algo perfeitamente estúpido! Escreve "A Suma Teológica". Um escrito vindo direto do inferno. Desse escrito que vem o conceito de "guerra justa", ou para 'cristãos' andarem armados. Foi isso que 'justificou' as Cruzadas e o clamor do papa Urbano II. E também foi desse último escrito que se utilizou(baseado na sabedoria grega pagã)que é legítimo se revoltar contra um tirano. E, quando o grupo anabatista usou isso no século XVI, eles estariam 'atropelando' Romanos 13:1-7. Mas, segundo eles, Tomás de Aquino não. Este sabia o que falava. A Apologética que faz esse estrago todo no nome dos evangélicos em relação aos ateus, não a pregação do evangelho.
Um dos erros mais comuns na análise bíblica, até quando levada a sério, é imaginar que Deus pede defesa a alguém. Na História existiram pessoas que valorizavam esse defender a Deus perante incrédulos. Gente como Tomás de Aquino ou Calvino. Mas isso não é a Escritura, é opinião humana. Esse jeito de agir teologicamente foi ganhando adeptos no transcorrer da História. Daí se vê páginas da Internet como "e agora ateus?", "ateu todynho" e demências típicas de mentes adolescentes, de quem tem pouco respaldo teológico, e nenhum respaldo bíblico. Também se vê filmes como "Deus não está morto", onde se entende a diferença entre ateu e anticristão. Este último sendo o caso da maioria dos "pseudo-ateus" nessas historias. Mas a tua eloquência não mudará esse quadro. Apenas o teu testemunho muda isso. Não há eloquência ou milagre que mude isso. Em nenhum momento da História da Igreja se viu qualquer apóstolo defendendo Deus perante os incrédulos. Se viu eles defenderem o evangelho que pregavam, isso sim. Até o final do século II, essa prática chamada APOLOGÉTICA não surtia efeito. O próprio Apolo de Alexandria, de onde surgiu esse nome, apenas defendia o evangelho, não a Deus. Foi somente quando surgiram nomes como Tertuliano, Orígenes,Flávio Justino(Justino de Roma ou Justino, o Mártir), Agostinho e Pelagio que isso apareceu. Traduzindo: O próprio Apolo não era 'apologeta'. Simplesmente porque isso não leva a lugar algum. "Mas a nossa PÁTRIA está nos céus, de onde também esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo..." Fp 3:20
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