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quarta-feira, 21 de dezembro de 2022

Branca de Neve : Da antiga Germânia para a Disney

No dia 21 de dezembro de 1937 era lançado nos cinemas um clássico dos contos de fadas: a animação Branca de Neve e os Sete Anões. Foi o primeiro filme totalmente a cores do mundo, além de marcar a estreia dos Estúdios Disney nas produções de longa-metragem. A história é baseada em um conto dos Irmãos Grimm.

O orçamento inicial era de US$ 150 mil, mas acabou custando US$ 1,5 milhão, um valor exorbitante para a época. A produção da animação durou 4,5 anos. A parte mais difícil foi chegar a um desenho final dos anões. O filme arrecadou 8 milhões de dólares ao redor do mundo. Na época, foi brevemente a maior bilheteria de um filme sonoro. A popularidade de Branca de Neve o levou a ser relançado nos cinemas várias vezes nas décadas seguintes, até seu lançamento em home vídeo nos anos 90.

Havia inúmeras diferenças entre o desenho do Walt Disney e o conto alemão do século XIX. Para começo de conversa, a história que conhecemos hoje em dia não surgiu de primeira. Antes dela, a equipe de roteiristas da Disney já havia escrito outras versões, onde a Rainha Má tentava acabar com Branca de Neve utilizando um pente envenenado, o príncipe Florian era capturado pela vilã, e com os anões construindo uma cama maior para a princesa dormir confortavelmente em sua casa. No conto original, nenhum dos anões possuía nome. Walt Disney que surgiu com a ideia de nomes que coincidissem com as suas próprias personalidades. Dunga, inclusive, foi o último a ser escolhido e passou muito tempo sendo chamado apenas de Sétimo, já que a equipe não conseguia decidir qual característica dar ao personagem. A rainha má da história teve sua história inspirada, em primeira mão, em uma condessa alemã do século XI chamada Uta von Ballenstedt, esposa do margrave Eckard II, de Meissen, que era parte do império germânico medieval. Na realidade, a rainha má da Branca de Neve era inspirada na estátua da condessa.

Em 1937, muitas pessoas achavam uma loucura o projeto da Disney de criar uma animação com mais de uma hora de duração — já que ninguém havia feito nada parecido até então. Por isso, as manchetes dos jornais da época continham a frase “A loucura da Disney”. Porém, após o lançamento e o grandioso sucesso do filme, o The New York Times, um dos jornais mais importantes dos Estados Unidos, mudou sua manchete para “Muito obrigado, sr. Disney”.

Branca de Neve e os sete anões teve um enorme impacto cultural, resultando em atrações nos parques temáticos da Disney, videogames e livros. Foi classificado na lista dos melhores filmes dos Estados Unidos segundo o American Film. Isso tudo há 85 anos atrás. Direto do túnel do tempo...

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