O fim da 'Guerra dos Cem Anos(1337-1453) fez voltar para a Inglaterra uma turba de soldados habituada ao saque. E também nobres dispostos a lutar por qualquer causa, ainda que não fosse a mais justa. E não faltavam lordes com sede de poder. Tudo porque o duque de Lancastre daria um golpe de estado no rei Ricardo II, neto de Eduardo III, e se coroaria com Henrique IV. Desde então o direito sucessório foi rasgado, e se os Lancastres poderiam tentar a coroa, os York também poderiam. E foi assim que o rei Henrique VI Lancastre sofreria um golpe de estado, dando inicio a Guerra Civil. Haveria vitórias de ambos os lados, até Henrique VII Tudor, um ramo dos Lancastres, assumir o trono e encerrar a Guerra Civil.
A época era de tensão absoluta em solo inglês. Um dos casos envolvia William de La Pole, o Duque de Suffolk. Este chegou a ser o braço direito do rei Henrique VI. Mas após a derrota dos ingleses, seu nome foi associado ao revés, e ele acabou preso e desterrado. Ele embarcava para o Porto de Calais quando seu navio foi interceptado por uma embarcação desconhecida. Ao subir o convés, escutou alguém gritar:"Bem vindo, traidor!" Em seguida, seu corpo foi colocado em uma canoa, e sua cabeça decepada por uma espada enferrujada. Este era o retrato da Inglaterra do século XV.
A rivalidade entre as duas casas começou ainda em 1399, quando Henrique de Lancaster deu um golpe de Estado, rasgou o direito sucessório, e assumiu o trono como Henrique IV. E mandando o rei Ricardo II, ainda uma criança, para a prisão. E a dinastia York não demoraria a exercer essa revanche do tronco plantageneta. Afinal, se o direito podia ser rasgado uma vez, poderia várias.
O nome "Guerra das Rosas" é uma concepção moderna, e que nenhuma das duas famílias (York e Lancaster) usavam-nas de fato como símbolo. Os York podiam até possuir uma rosa branca entre os seus inúmeros brasões, mas não era, nem de longe, o mais relevante deles. Não há documentos autênticos de nenhuma rosa vermelha utilizada pela casa de Lancaster, por mais que existissem boatos que alguns a utilizaram em meados de 1480 - de qualquer forma, já era o final da guerra.
Esse nome fora primariamente criado por escritores de peças da "Era Tudor", como William Shakeaspeare, mas de fato só fora formalmente reconhecido, e amplamente utilizado, no século XIX. Até então, o conflito entre as famílias inglesas era conhecido como "A Guerra dos Primos".
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