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sábado, 8 de dezembro de 2018

O PODER TEMPORAL É SEPARADO DO PODER ECLESIÁSTICO

Depois de várias notícias de política querendo envolver o cristianismo nela, convém perguntar: Deve, pela bíblia, um governo civil ser submetido a conselhos de líderes cristãos? O evocar de Sl 33:12 e II Cr 7:14 será que se refere a países? É algo que faria melhorar um país? Tem Deus parte nisso? Está claro que não! Ter políticos como Haddad participando da eucaristia, ou Bolsonaro se vendendo ao povo de Feliciano para um batismo pirata a beira do rio Jordão é uma amostra disso. Igreja não é Israel. Portanto, não segue a linha deste. Qualquer tentativa desse cacife seria sacrifício de tolo. Existem casos na história que mostram o quão imbecil foi esse entendimento cristão.

A cena que se passa é no Castelo de Canossa, na região da Toscana, Itália Setentrional. Final do século XI. O papa Gregorio VII se recusa a receber o imperador Henrique IV, do Sacro Império. O imperador Henrique IV fez vários decretos mundanos para os bispos alemães. E o papa queria interromper isso. E o imperador estava disposto a morrer congelado para receber o perdão do sumo pontificie. Este recebe-o muito tempo depois. O imperador se ajoelha e beija o anel papal. Vitória, ao menos temporária, do papa. Porém, cerca de quatro anos depois, o imperador invade Roma e faz o papa morrer no exílio.

Não há derrotas salutares, mas há vitórias infelizes. Poucas vitórias custariam caro à uma "igreja militante do mundo secular" como o conflito em Canossa. Pois fez surgir duas ideias falsas, a saber:

1°) Que Deus tomaria partido de sua Igreja em um conflito com o mundo secular.

2°) Que poder temporal, sendo cristão, deveria ser submisso ao poder eclesiastico.

A deposição do papa Bonifácio VIII, mais de 200 anos depois, seria a consequência dessa ilusão....

Papa Inocêncio III, antigo cardeal Lottario dei Conti di Segni, principal modelo de disputa clero-secular.

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